Chegamos ao fim da campanha presidencial mais sórdida do período pós-ditadura. Aquilo que o alagoano (embora nascido no Rio) Collor de Mello fez em 1989 é fichinha perto do que o paulista bem nascido Serra e seus apoiadores perpetraram em 2010. Já se falou muito sobre isso, e não é o caso de insistir sobre a torpeza. Dilma ganhou por larga margem e isso é o mais importante.
Porém, como não sou a presidente Dilma, não tenho nenhuma obrigação de estender a mão num gesto de conciliação. O prejuízo para a democracia e a ética produzido por personagens e instituições como Índio da Costa, padre Luizinho, Rede Globo, Veja, Folha de S. Paulo, o Papa Ratzinger e muitos outros, além, é claro, do próprio Serra, é incalculável. Da minha parte, não esqueço e não perdôo.
O prejuízo é real. Nem bem a eleição terminou, começou pela internet uma campanha de extermínio moral e físico dos nordestinos, como se estes fossem “culpados” pela vitória de Dilma. A pronta reação de internautas sensíveis e democráticos fez com que esses twitteiros desclassificados apagassem suas mensagens, chegando uma delas a pedir desculpas pelo... “deslize”.
Bem a propósito, a “Gazeta do Povo” fez uma reportagem na terça-feira, 2 de novembro, mostrando que Dilma ganharia mesmo sem os votos do Norte e do Nordeste. Belíssima lembrança. Só me resta acrescentar, eu que sou paulistano e que lá vivi metade da minha vida, que a manifestação de nossos irmãos nordestinos e amazônicos deu um colorido especial à vitória.
O fato a ser enfatizado é que a campanha Serra, da forma como foi conduzida, deu a senha para esse pessoalzinho, liberou seus baixos instintos. Serra e os demais citados mais acima são os responsáveis por esse eclosão de ódio, de intolerância e de preconceito.
Muito oportuna a entrevista concedida pelo ex-presidente FHC à “Folha”. Lendo-a, ficamos sabendo que o PSDB e seu candidato deveriam ter defendido as privatizações, que Serra foi apenas “razoável”, que a questão religiosa nunca deveria ter se tornado o eixo da campanha. FHC defende que o PSDB faça a defesa de seu programa desde já, sem esperar pelas eleições de 2014.
Um debate político sério deixaria evidente que nosso verdadeiro adversário é FHC. Como o debate não foi feito, devido ao afã tucano de despolitizá-lo, tivemos de nos contentar com Serra.
Sobra para nós, que estamos aqui, a convicção de que não podemos mais ficar à mercê de sustos provocados por temas como aborto, luta armada contra a ditadura, controle social dos meios de comunicação, união civil de casais homossexuais. Precisamos discutir e defender abertamente essas bandeiras. É Dilma lá e nós aqui.
O BRASIL NÃO VAI PARAR !
Roberto Elias Salomão
O Brasil não pode parar!
Política e seus bastidores, refletidos em artigos e notícias.
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
A história de Serra na Ditadura.
Vamos falar com detalhes pra ver se todos entendem e alguém responde:
Poucos dias depois do golpe de 1964 que implantou a ditadura militar, a UNE (União Nacional dos Estudantes), por seu presidente, José Serra, decretou greve geral.
Esperava-se que Serra comandaria o processo de resistência estudantil.
No entanto, Serra saiu do Brasil no primeiro grupo de pessoas que abandonou o país,
... no primeiro "bater de botas" da ditadura.
Serra deixou abandonada a UNE, abandonou a luta de resistência dos estudantes contra a ditadura, abandonou o cargo para o qual tinha sido eleito pelos estudantes. Essa foi a atitude de Serra diante da primeira adversidade.
Por isso sua biografia só menciona que foi presidente da UNE, mas nunca diz que não concluiu o mandato, abandonou a UNE e os estudantes brasileiros. Nunca se pronunciou sobre esse episódio vergonhoso da sua vida.
Os estudantes brasileiros foram em frente, rapidamente se reorganizaram e protagonizaram, a partir de 1965, o primeiro grande ciclo de mobilizações populares de resistência à ditadura, enquanto Serra vivia no exílio, longe da luta dos estudantes.
Só voltou ao Brasil quando já havia condições de trabalho legal da oposição, sem maiores riscos.
Após a implantação da ditadura no Brasil, Serra fugiu para o Chile.
Em 1973, quando houve o golpe de Pinochet no Chile, com apoio da CIA (Agência de Inteligência dos EUA), ele fugiu justamente para os Estados Unidos, que apoiou o golpe chileno e todos os demais golpes militares na América Latina.
É preciso entender que era a época do governo Nixon, com a política dos EUA de apoio às ditaduras militares, na época de Kissinger.
Até John Lennon esteve ameaçado de expulsão dos EUA.
Como Serra conseguiu o Green Card nos EUA ?
Como ele se sustentou lá, já que era um exilado de esquerda ?
Como ele conseguiu estudar nas caras Universidades americanas ?
(Se é que realmente estudou, já que não tinha ainda o diploma de Bacharel em Economia)
E quem pagou essa conta, já que ele diz que o pai não era rico?
É um dos mistérios mais bem guardados da política brasileira.
É bastante improvável que um latino-americano exilado, que realmente fosse de esquerda, escolhesse os EUA como destino naquela época. Nenhum dos outros exilados foi para lá.
O BRASIL NÃO PODE PARAR!
terça-feira, 19 de outubro de 2010
BONS DIAS
Por Roberto Salomão
Um milhão de panfletos anti-Dilma apreendidos, boatos sobre o aborto perdendo a força, a CNBB se retratando de nota oficial, padres conscienciosos reagindo contra o uso eleitoreiro da religião, Serra se enrolando quando forçado a responder sobre Paulo Preto, mobilização de artistas e intelectuais, manifestação de juízes e magistrados, a militância indo pra rua, a indignação com a baixaria tomando conta de todos... e, para coroar, Dilma já tem 14% dos votos válidos de vantagem sobre o candidato tucano.
Ninguém consegue explicar a contento como isso acontece. É como se uma nova onda, ainda mais poderosa que as anteriores, estivesse se formando. Mas esta onda começa ser gestada subterraneamente, na consciência das pessoas simples, que vão elaborando seu pensamento próprio à revelia dos chamados formadores de opinião. E estes, evidentemente, doem-se com a sem-cerimônia.
É hora de unir nossas forças no segundo turno para garantir as conquistas e continuarmos na direção de uma sociedade justa, solidária e soberana. A frase não é minha; consta do manifesto de artistas e intelectuais pró-Dilma, lançado nesta segunda-feira no Rio de Janeiro, um momento que José Dirceu, com muita felicidade, chamou de “uma noite estrelada no Brasil”.
O Brasil mudou. O povo brasileiro não aceita mais passivamente a manipulação. A verdade é uma exigência. A igualdade é outra. Sentimento captado por Chico Buarque de Holanda, no ato dos artistas e intelectuais, ao se referir a Lula: “Fala de igual para igual com todos. Nem fino com Washington, nem grosso com a Bolívia”.
Os novos ventos desses bons dias levarão o Brasil do Bem à vitória sobre o Serra do DEM. Eles são capazes de tudo, mas nós somos mais fortes do que eles.
O BRASIL NÃO PODE PARAR !
Um milhão de panfletos anti-Dilma apreendidos, boatos sobre o aborto perdendo a força, a CNBB se retratando de nota oficial, padres conscienciosos reagindo contra o uso eleitoreiro da religião, Serra se enrolando quando forçado a responder sobre Paulo Preto, mobilização de artistas e intelectuais, manifestação de juízes e magistrados, a militância indo pra rua, a indignação com a baixaria tomando conta de todos... e, para coroar, Dilma já tem 14% dos votos válidos de vantagem sobre o candidato tucano.
Ninguém consegue explicar a contento como isso acontece. É como se uma nova onda, ainda mais poderosa que as anteriores, estivesse se formando. Mas esta onda começa ser gestada subterraneamente, na consciência das pessoas simples, que vão elaborando seu pensamento próprio à revelia dos chamados formadores de opinião. E estes, evidentemente, doem-se com a sem-cerimônia.
É hora de unir nossas forças no segundo turno para garantir as conquistas e continuarmos na direção de uma sociedade justa, solidária e soberana. A frase não é minha; consta do manifesto de artistas e intelectuais pró-Dilma, lançado nesta segunda-feira no Rio de Janeiro, um momento que José Dirceu, com muita felicidade, chamou de “uma noite estrelada no Brasil”.
O Brasil mudou. O povo brasileiro não aceita mais passivamente a manipulação. A verdade é uma exigência. A igualdade é outra. Sentimento captado por Chico Buarque de Holanda, no ato dos artistas e intelectuais, ao se referir a Lula: “Fala de igual para igual com todos. Nem fino com Washington, nem grosso com a Bolívia”.
Os novos ventos desses bons dias levarão o Brasil do Bem à vitória sobre o Serra do DEM. Eles são capazes de tudo, mas nós somos mais fortes do que eles.
O BRASIL NÃO PODE PARAR !
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
FHC já faz reuniões oferecendo ITAIPU, BB e Petrobrás.
Uma denúncia gravíssima, que já repercute na internet, e que merece ser apurada pela grande imprensa e deve ser sabida por todos os brasileiros, para tirarem dela suas próprias conclusões.
Trata-se do encontro-jantar que houve ontem, em Foz de Iguaçu, reunindo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, falando em inglês para 150 investidores estrangeiros no Hotel das Cataratas. Exatamente às 21h30m, enquanto os candidatos Dilma Rousseff e José Serra debatiam na RedeTV, e este se esquivava de dar respostas concretas sobre possíveis intenções tucanas de privatizar ainda mais o Brasil, pois bem, naquele exato momento, naquele evento fechado, FHC teria feito uma palestra sobre a privatização da Petrobras, de Itaipu e do Banco do Brasil, além de outras “oportunidades” de negócios no Brasil. Segundo o jornalista mineiro Laerte Braga, a idéia inicial dos organizadores de realizar o evento no Hotel Internacional foi afastada para evitar presença de jornalistas. Laerte, que acompanhou o evento do lado de fora, recebendo as informações em conta-gotas, afirma em seu texto que FHC assumiu com os empresários o compromisso de venda dessas empresas em nome de José Serra.
Vou transcrever o texto, que está claro, muito bem explicado e no tempo presente de verbo, pois ele postou a matéria enquanto o evento acontecia, suprimindo algumas partes:
"Cada um dos investidores recebeu uma pasta com dados sobre o Brasil, artigos de jornais nacionais e internacionais e descrição detalhada do que José FHC Serra vai vender se for eleito. E além disso os investidores estão sendo concitados a contribuir para a campanha de José FHC Serra, além de instados a pressionar seus parceiros brasileiros e a mídia privada a aumentar o tom da campanha contra Dilma Roussef. Segundo FHC disse a esses empresários logo após ser apresentado pelo organizador do evento, “se deixarmos passar a oportunidade agora jamais conseguiremos vender essas empresas”.
Para o ex-presidente, é fundamental a participação desses grupo na reta final de campanha. A avaliação de FHC é que a campanha de Dilma sofreu um golpe com a introdução do tema religioso (o que foi deliberado pelos tucanos para desviar a atenção das pessoas dos reais objetivos do candidato José FHC Serra). É preciso, na concepção do ex-presidente arrematar o processo derrotando a candidata e impedindo-a de respirar nessa reta final.
O acordo com empresários internacionais em Foz do Iguaçu envolve a instalação de uma base militar norte-americana na região, desejo antigo dos governos dos Estados Unidos.
Para o ex-presidente também não há grandes problemas com a mídia privada “sob nosso controle”, mas é preciso evitar a divulgação de notícias mesmo que sejam pequenas ou de pequenos fatos e que possam prejudicar o projeto de venda do Brasil (...)".
Laerte informa que o evento "foi organizado por Raphael Ekman - Investor Relations at Tarpon Investment Group São Paulo e região, Brasil - que no momento ocupa cargo de Commercial Manager da Globosat (Setor Serviços financeiros)”.
O jornalista conseguiu apurar a participação, no evento, dos senhores Alice Handy, Keith Johnson e Anjum Hussain, CFA, CAIA...
O fato é realmente grave e pode ser visto como um ato contra a soberania brasileira e seria importante tanto o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso como o candidato José Serra virem a público esclarecer essa denúncia, que foi postada ontem, em texto assinado por Laerte, e pode ser lida no http://redecastorphoto.blogspot.com/2010/10/fhc-esta-acertando-venda-do-brasil-em.html
Nascido em Juiz de Fora, Laerte Braga é jornalista, já tendo trabalhado no mais importante veículo de seu estado, o jornal Estado de Minas, e, no Rio de Janeiro, no Diário Mercantil.
Fonte: Blog da Hildegard Angel
O BRASIL NÃO PODE PARAR!
Trata-se do encontro-jantar que houve ontem, em Foz de Iguaçu, reunindo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, falando em inglês para 150 investidores estrangeiros no Hotel das Cataratas. Exatamente às 21h30m, enquanto os candidatos Dilma Rousseff e José Serra debatiam na RedeTV, e este se esquivava de dar respostas concretas sobre possíveis intenções tucanas de privatizar ainda mais o Brasil, pois bem, naquele exato momento, naquele evento fechado, FHC teria feito uma palestra sobre a privatização da Petrobras, de Itaipu e do Banco do Brasil, além de outras “oportunidades” de negócios no Brasil. Segundo o jornalista mineiro Laerte Braga, a idéia inicial dos organizadores de realizar o evento no Hotel Internacional foi afastada para evitar presença de jornalistas. Laerte, que acompanhou o evento do lado de fora, recebendo as informações em conta-gotas, afirma em seu texto que FHC assumiu com os empresários o compromisso de venda dessas empresas em nome de José Serra.
Vou transcrever o texto, que está claro, muito bem explicado e no tempo presente de verbo, pois ele postou a matéria enquanto o evento acontecia, suprimindo algumas partes:
"Cada um dos investidores recebeu uma pasta com dados sobre o Brasil, artigos de jornais nacionais e internacionais e descrição detalhada do que José FHC Serra vai vender se for eleito. E além disso os investidores estão sendo concitados a contribuir para a campanha de José FHC Serra, além de instados a pressionar seus parceiros brasileiros e a mídia privada a aumentar o tom da campanha contra Dilma Roussef. Segundo FHC disse a esses empresários logo após ser apresentado pelo organizador do evento, “se deixarmos passar a oportunidade agora jamais conseguiremos vender essas empresas”.
Para o ex-presidente, é fundamental a participação desses grupo na reta final de campanha. A avaliação de FHC é que a campanha de Dilma sofreu um golpe com a introdução do tema religioso (o que foi deliberado pelos tucanos para desviar a atenção das pessoas dos reais objetivos do candidato José FHC Serra). É preciso, na concepção do ex-presidente arrematar o processo derrotando a candidata e impedindo-a de respirar nessa reta final.
O acordo com empresários internacionais em Foz do Iguaçu envolve a instalação de uma base militar norte-americana na região, desejo antigo dos governos dos Estados Unidos.
Para o ex-presidente também não há grandes problemas com a mídia privada “sob nosso controle”, mas é preciso evitar a divulgação de notícias mesmo que sejam pequenas ou de pequenos fatos e que possam prejudicar o projeto de venda do Brasil (...)".
Laerte informa que o evento "foi organizado por Raphael Ekman - Investor Relations at Tarpon Investment Group São Paulo e região, Brasil - que no momento ocupa cargo de Commercial Manager da Globosat (Setor Serviços financeiros)”.
O jornalista conseguiu apurar a participação, no evento, dos senhores Alice Handy, Keith Johnson e Anjum Hussain, CFA, CAIA...
O fato é realmente grave e pode ser visto como um ato contra a soberania brasileira e seria importante tanto o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso como o candidato José Serra virem a público esclarecer essa denúncia, que foi postada ontem, em texto assinado por Laerte, e pode ser lida no http://redecastorphoto.blogspot.com/2010/10/fhc-esta-acertando-venda-do-brasil-em.html
Nascido em Juiz de Fora, Laerte Braga é jornalista, já tendo trabalhado no mais importante veículo de seu estado, o jornal Estado de Minas, e, no Rio de Janeiro, no Diário Mercantil.
Fonte: Blog da Hildegard Angel
O BRASIL NÃO PODE PARAR!
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
O Velho discurso da direita brucutu
Em 1964, José Serra era presidente da União Nacional dos Estudantes (quem te viu, quem te vê...). Como militante de esquerda (integrava a organização Ação Popular), Serra foi forçado pelo golpe militar a se exilar, embora alguns maldosos digam que ele viajou para o Chile antes do golpe.
Lá se vão 46 anos. Segundo o portal Último Segundo/Ig, Serra, em palestra para militares da reserva e reformados, no Clube da Aeronáutica, Rio de Janeiro, comparou o governo Lula ao de João Goulart, aquele que foi deposto pelos militares. Com que propósito? Evidentemente, o de se colocar ao lado dos generais contra Jango, como agora é contra Lula. O ex-presidente da UNE sacramenta dessa forma seu lugar na história, com o mais direitista dos discursos.
Peço licença à professora Maria Dativa de Salles Gonçalves que, em palestra recente para docentes, alunos e funcionários da Universidade Federal do Paraná, evocou a sinistra figura do padre irlandês Patrick Peyton. “Sinto um cheiro de Padre Peyton no ar”, disse a veneranda mestra. Curioso, fui ao Google e tomei conhecimento de que Peyton, de extrema-direita e notoriamente ligado à CIA, foi enviado ao Brasil em 1962, tendo papel decisivo na organização das tristemente célebres “marchas da família com Deus pela liberdade”, que tinham o objetivo de salvar o Brasil dos comunistas comedores de criancinhas.
No Chile, Serra conheceu sua companheira, Mônica. Essa mesma que pede o voto contra Dilma porque ela quer matar criancinhas. A similitude da linguagem não deixa lugar a dúvidas de que estamos diante do mesmo posicionamento ideológico.
Para fechar o círculo, corre na internet uma mensagem acusando Dilma de ter participado do assassinato do soldado Mário Kosel Filho, em junho de 1968. A mensagem, assinada pelo pai e pela mãe de Mário, diz que Dilma estava no segundo carro dos terroristas.
Desnecessário dizer que a informação é falsa, e nem a justiça militar acusou Dilma por esse atentado. Entende-se a dor dos pais, mas é de se lamentar a manipulação de que são vítimas. Porém, o mais importante aqui é observar que o ex-militante da Ação Popular José Serra é o beneficiário direto dessa manipulação, quando não seu mentor.
José Serra presta nesta campanha mais um desserviço ao Brasil: o de servir de porta-voz autorizado e reconhecido dos brucutus.
O BRASIL NÃO PODE PARAR!
Roberto Elias Salomão
Lá se vão 46 anos. Segundo o portal Último Segundo/Ig, Serra, em palestra para militares da reserva e reformados, no Clube da Aeronáutica, Rio de Janeiro, comparou o governo Lula ao de João Goulart, aquele que foi deposto pelos militares. Com que propósito? Evidentemente, o de se colocar ao lado dos generais contra Jango, como agora é contra Lula. O ex-presidente da UNE sacramenta dessa forma seu lugar na história, com o mais direitista dos discursos.
Peço licença à professora Maria Dativa de Salles Gonçalves que, em palestra recente para docentes, alunos e funcionários da Universidade Federal do Paraná, evocou a sinistra figura do padre irlandês Patrick Peyton. “Sinto um cheiro de Padre Peyton no ar”, disse a veneranda mestra. Curioso, fui ao Google e tomei conhecimento de que Peyton, de extrema-direita e notoriamente ligado à CIA, foi enviado ao Brasil em 1962, tendo papel decisivo na organização das tristemente célebres “marchas da família com Deus pela liberdade”, que tinham o objetivo de salvar o Brasil dos comunistas comedores de criancinhas.
No Chile, Serra conheceu sua companheira, Mônica. Essa mesma que pede o voto contra Dilma porque ela quer matar criancinhas. A similitude da linguagem não deixa lugar a dúvidas de que estamos diante do mesmo posicionamento ideológico.
Para fechar o círculo, corre na internet uma mensagem acusando Dilma de ter participado do assassinato do soldado Mário Kosel Filho, em junho de 1968. A mensagem, assinada pelo pai e pela mãe de Mário, diz que Dilma estava no segundo carro dos terroristas.
Desnecessário dizer que a informação é falsa, e nem a justiça militar acusou Dilma por esse atentado. Entende-se a dor dos pais, mas é de se lamentar a manipulação de que são vítimas. Porém, o mais importante aqui é observar que o ex-militante da Ação Popular José Serra é o beneficiário direto dessa manipulação, quando não seu mentor.
José Serra presta nesta campanha mais um desserviço ao Brasil: o de servir de porta-voz autorizado e reconhecido dos brucutus.
O BRASIL NÃO PODE PARAR!
Roberto Elias Salomão
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